BIOGRAFIA DE J. KRISHNAMURTI Jiddu Krishnamurti nasceu na Índia em 1895. Com a idade de 13 anos passou a ser educado pela Sociedade Teosófica, que o considerava um dos grandes Mestres do mundo. Krishnamurti em breve viria a emergir como um Mestre extraordinário e inteiramente descomprometido. As suas palestras e escritos não se ligam a nenhuma religião específica nem pertencem ao Oriente ou ao Ocidente, mas sim ao mundo na sua globalidade:
A Educação foi sempre uma da preocupações de Krishnamurti. Fundou várias Escolas em diferentes partes do mundo onde crianças, jovens e adultos podem aprender juntos a viver um quotidiano de compreensão da sua relação com o mundo e com os outros seres humanos, de descondicionamento e de florescimento interior. Durante sua vida, K. viajou por todo o mundo falando às pessoas, tendo falecido em 1986, com a idade 90 anos. As suas palestras e diálogos, diários e outros escritos estão reunidos em mais de 60 livros.
PALAVRAS DE J. KRISHNAMURTI
Precisamos libertar-nos da palavra, coloca-la em seu devido lugar, sem atribuir-lhe excessiva importância; cumpre ver que a palavra não é a coisa e que esta jamais será a palavra; atentar para os perigos contidos nas diversas modalidades da palavra, sem contudo negligenciar seu emprego consciencioso e correto. É necessário ser sensível às palavras sem se deixar dominar por elas; ser capaz de romper a barreira verbal ao considerarmos um fato; e ter condições de neutralizar o efeito venenoso das palavras sem se tornar insensível à sua beleza. Importa abandonar toda identificação com a palavra e estar apto a analisa-las de modo isento para escapar a cilada e ao engodo que elas encerram. São elas meros símbolos, nunca a coisa real. O véu das palavras serve de abrigo á mente fraudulenta, leviana e preguiçosa A escravização as palavras é o principio da inação que só é ação na aparência; a mente atrelada ao símbolo não vai longe. Cada palavra, cada pensamento influencia a mente, e esta quando não compreende o processo do pensar torna-se escrava das palavras, dando assim início ao sofrimento. As conclusões e as explicações de nada servem para libertar-nos do sofrimento. A meditação não é um meio de se atingir um fim, pois a meta, o objetivo não existe; é uma viagem para dentro e para fora do tempo. Todo o método e sistema condicionam o pensamento ao tempo; mas, o estado de plena consciência perante cada manifestação do pensamento e sentimento, permitindo seu florescimento, é o princípio da meditação. Quando o pensamento e sentimento desabrocham e fenecem, a meditação é o movimento da transcendência do tempo. Disso advém o êxtase. O amor é o vazio absoluto, do qual emanam a criação e a destruição.