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Post Info TOPIC: PRECE


Já sei como funciona!!!

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PRECE


A vela ia-se apagando com o vento do ultimo suspiro do muribundo,


Olhei para aquele quase cadáver,


De repente, deparei com a minha imagem reflectida num espelho,


Também eu parecia um moribundo.


Pobre equivocado que vivi toda uma vida sem viver


Procurei o sentido da mesma onde não a podia encontrar.


Subi ao cume das montanhas,mas nunca toquei o céu


Voei ao sabor da ventania, pois nunca tive asas


Se passei pela vida sem a sentir


Então não passo de um pobre tolo perdido na multidão


Assim minha mãe te peço:


Tu que és a estrela da manhã


E na escuridão da noite, iluminas o mais recôndito do meu Sêr


Ajuda-me a morrer


Tu és o arco-íris que acalmas o mar embravecido da vida


Ajuda-me a morrer


Tu és o Sol que na aurora vagueis e despertas o Universo


Ajuda-me a morrer


Tu Força Cósmica onde quero viajar


Ajuda-me a viver


Para poder morrer.


Maria José


( A morte refere-se á morte mistica)


 



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11mjpereira wrote:


Tu Força Cósmica onde quero viajar Ajuda-me a viver Para poder morrer. Maria José ( A morte refere-se á morte mistica)  


Pois não poderia referir-se a outra... conhecendo-te como te conhecemos...


Parabéns, não te sabia poetisa!


Mais uma faceta revelada AQUI EM PRIMEIRA MÃO neste modesto forum!!!


 


Mas agora: é assim tão urgente o retorno?


 



"Habitua-te a pensar que a morte não é nada para nós, pois que o bem e o mal só existem na sensação. Donde se segue que um conhecimento exacto do facto de a morte não ser nada para nós permite-nos usufruir esta vida mortal, evitando que lhe atribuamos uma idéia de duração eterna e poupando-nos o pesar da imortalidade. Pois nada há de temível na vida para quem compreendeu nada haver de temível no facto de não viver. É pois, tolo quem afirma temer a morte, não porque sua vinda seja temível, mas porque é temível esperá-la.
Tolice afligir-se com a espera da morte, pois trata-se de algo que, uma vez vindo, não causa mal. Assim, o mais espantoso de todos os males, a morte, não é nada para nós, pois enquanto vivemos, ela não existe, e quando chega, não existimos mais.



Não há morte, então, nem para os vivos nem para os mortos, porquanto para uns não existe, e os outros não existem mais. Mas o vulgo, ou a teme como o pior dos males, ou a deseja como termo para os males da vida. O sábio não teme a morte, a vida não lhe é nenhum fardo, nem ele crê que seja um mal não mais existir. Assim como não é a abundância dos manjares, mas a sua qualidade, que nos delicia, assim também não é a longa duração da vida, mas seu encanto, que nos apraz. Quanto aos que aconselham os jovens a viverem bem, e os velhos a bem morrerem, são uns ingénuos, não apenas porque a vida tem encanto mesmo para os velhos, como porque o cuidado de viver bem e o de bem morrer constituem um único e mesmo cuidado. "

Epicuro, in 'A Conduta na Vida'



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E agora uma das minhas preferidas:


 




"Só há uma liberdade, fazer as contas com a morte. Depois disso, tudo é possível. Não posso forçar-te a crer em Deus. Crer em Deus é aceitar a morte. Quando tiveres aceitado a morte, o problema de Deus ficará resolvido por si - e não o inverso. "

Albert Camus, in 'Cadernos'


Fica bem.



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Já sei como funciona!!!

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Vamos lá ver se consigo enviar a resposta.


Não sou poetisa nem para lá caminho, no entanto , por vezes tenho necessidade de passar para o papel, momentos, palavras, sentimentos ou sensações que se não as escrever parece que o coração rebenta por não as poder expressar ainda que sejam para mim.Julgo que todos nós temos este tipo de poesia, é uma mescla de momentos de sensibilidade e de harmonia com o Universo.


Quanto à necessidade de retorno, não penso muito nisso,acredito que sim que voltamos para tentar não cometer os mesmos erros ,mas estamos tão presos na roda do sansara que é dificil emendarmos qualquer coisa, então o que tento ter presente é  de momento a momento fazer as coisas da melhor forma o que não é nada fácil.


Gostei do poema que colocaste


Fica bem.



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