Quando reflectimos sobre os efeitos da globalização, nomeadamente os económicos, não podemos deixar de notar que os benefícios não estão repartidos de igual forma por todos os países. Cerca de 40% da população mundial vive nos países pobres do Mundo mas representam apenas 3% do comércio internacional.

As trocas comerciais estão entregues ao oligopólio restrito e degulador das multinacionais, temos uma Organização Mundial do Comércio que através de regras pretensamente democráticas trata todos os países por igual (não tenho nada contra a democracia mas nestes casos não posso deixar de discordar: se os Camarões vão para a mesa de negociações com os EUA ou o Canadá não têm a mesma  margem de manobra com toda a certeza).

O Comércio Justo nasceu há 40 anos como resposta a um apelo destes países: Queremos "Comércio Não Ajuda" (Trade Not Aid). A Holanda ouviu-o e começou o movimento definido internacionalmente como "uma parceria comercial baseada no diálogo, transparência e respeito. Contribui para o desenvolvimento sustentável oferecendo melhores condições de comércio tendo em conta os direitos dos produtores e trabalhadores marginalizados, especialmente no Sul do mundo".

Hoje o Comércio Justo apoia directamente 5 milhões de pequenos produtores dos países menos desenvolvidos, especialmente de África, na América Latina e na Ásia. É certo que é um número irrisório se tivermos em conta os 1000 milhões de pobres que existem neste planeta, segundo dados da ONU, mas cada um deles acorda todos os dias e sabe que o seu esforço é compensado.

A primeira loja de Comércio Justo chegou a Portugal apenas em 1999, actualmente já existem 9. Todas sobrevivem graças ao trabalho dos cerca de 100 voluntários da Causa e todas foram criadas por Associações Sem Fins Lucrativos. Saiba onde as encontrar em http://www.comerciojusto.pt

Por um Mundo Melhor,

Saudações Justas

GoodMood