"Eis o verbo da minha boca e o labor dos meus olhos, conjugados de forma que todos fiquem a saber o que aconteceu. Esta é a história de um homem que conseguiu apaixonar-se. Não se riam. É a história da sua morte, dos que desejariam ter sabido como ocorreu e dos que prefiririam que tivesse permanecido um mistério. Quando Rory Dixon me morreu, só uma pessoa assistiu ao sucedido, um indivíduo triste e furtivo. Todavia, quando foi precisa uma testemunha, ninguém apareceu."
(Frank Ronan, A morte de um herói, ed Gradiva, p.5)
Lembrei-me deste livro a propósito das discussões sobre Deus... não é que o livro trate de discussões sobre Deus, mas é extraordinariamente bem narrado por Ele.
Frank Ronan consegue guiar-me a leitura por onde bem entende durante o tempo que lhe apetece, o que não é muito fácil de conseguir com alguém tão impaciente como eu. Em linguagem simples, carregada de humor nas entrelinhas (e em algumas linhas também), o inesperado flui tão naturalmente como o pão nosso de cada dia para quem não faz dieta.
Acho que sou demasiado básica para apreciar literatura com letra grande, portanto esta minha opinião não deve ser tida em grande conta... no entanto, tudo o que li dele (e dos traduzidos só me falta ler o Almoço no Paraíso) teve o condão de me deslumbrar.
