Pelas landes e pelas dunas Andam os magros como pregos, Os lobos magros como pregos, Pelas landes e pelas dunas. Olhos de fósforo esfaimados Numa pavorosa alcateia, Andam, andam buscando ceia, Olhos de fósforo esfaimados. Nas landes grandes, junto às dunas, Um menino perdido anda, Anda perdido, a chorar ainda, Nas landes, junto às brunas dunas. Senhor Deus de Misericórdia, Protegei o róseo menino, Protegei o róseo menino, Senhor Deus de Misericórdia. Porque nas landes e nas dunas Andam os magros como pregos, Os lobos magros como pregos, Nas grandes landes e nas dunas. Eugénio de Castro