Encontrava-me deambulando Nas vielas escuras dos meus pensamentos, Tentando abrir a porta da minha cela sem grades e não Encontrava sentido na vida vivida que não vivi, E ia pensando Foram tantas horas, tantos dias, tantos anos, Foram tantas vidas passadas sem terem passado, Olhei pela janela envidraçada dos meus sentidos, Mas lá fora o vento entoava forte em desespero E o Sol teimava em não Brilhar De repente.... Uma força invisivel brotou de mansinho E bateu no meu coração como uma brisa suave Numa noite de luar e me questionou. Diz-me quem és tu? Tu que julgas tudo saber e nada sabes Tu que julgas ser dona da verdade Sem nunca a teres experimentado Tu que julgas poder ajudar o próximo E nem a ti consegues ajudar Diz-me quem és tu? Tu que julgas conhecer os demais Sem te conheceres a ti própria Tu que julgas ser feliz Sem sequer imaginares o que isso seja Tu ser insignificante que te julgas superior Pela força animal e posição social Tu que tudo queres, te glorificas com as riquezas terrenas E não entendes o mendigo que és Tu que és a sombra vivida do que nunca viveste Diz-me quem és tu? Tu pequeno passaro que pensas encantar com o teu chilrear Mas ninguem te escuta Tu que pensas voar na tua liberdade Mas encontras-te tão prisioneira tão encurralada nesse labirinto de sonhos Pequeno bichinho da seda desperta da tua crisálida e deixa de sonhar ACORDA, E DIZ-ME QUEM ÉS TU? E como um suspiro leve, desapareceu na bruma da noite. Mas a questão ficou a pairar no ar como os acordes de um piano desafinado Diz-me , quem és tu? Diz-me, quem és tu?......
Certo dia já tarde da noite, Encontrava-me deambulando Nas vielas escuras dos meus pensamentos, Tentando abrir a porta da minha cela sem grades e não Encontrava sentido na vida vivida que não vivi, E ia pensando Foram tantas horas, tantos dias, tantos anos, Foram tantas vidas passadas sem terem passado, Olhei pela janela envidraçada dos meus sentidos, Mas lá fora o vento entoava forte em desespero E o Sol teimava em não Brilhar De repente.... Uma força invisivel brotou de mansinho E bateu no meu coração como uma brisa suave Numa noite de luar e me questionou. Diz-me quem és tu? Tu que julgas tudo saber e nada sabes Tu que julgas ser dona da verdade Sem nunca a teres experimentado Tu que julgas poder ajudar o próximo E nem a ti consegues ajudar Diz-me quem és tu? Tu que julgas conhecer os demais Sem te conheceres a ti própria Tu que julgas ser feliz Sem sequer imaginares o que isso seja Tu ser insignificante que te julgas superior Pela força animal e posição social Tu que tudo queres, te glorificas com as riquezas terrenas E não entendes o mendigo que és Tu que és a sombra vivida do que nunca viveste Diz-me quem és tu? Tu pequeno passaro que pensas encantar com o teu chilrear Mas ninguem te escuta Tu que pensas voar na tua liberdade Mas encontras-te tão prisioneira tão encurralada nesse labirinto de sonhos Pequeno bichinho da seda desperta da tua crisálida e deixa de sonhar ACORDA, E DIZ-ME QUEM ÉS TU? E como um suspiro leve, desapareceu na bruma da noite. Mas a questão ficou a pairar no ar como os acordes de um piano desafinado Diz-me , quem és tu? Diz-me, quem és tu?......
Nem as sombras da noite nem os latidos dos cães, imagem do abandono, responderam. A pergunta continua ainda agora a ecoar pelas vielas escondidas.