Não me conformo com estas (des) resoluções governamentais. Todo os benditos anos é a mesma história da floresta que arde, é o queixume dos bombeiros (um grande bem haja para eles) pela falta de meios, de acessibilidades... E em vez de adquirir os cannadair toca de construir estádios que serviram para 3 jogos, OTAS, TGVS, e o raio que os parta.
Enquanto isso o país afunda em crises, depressões e tudo o mais que não vale a pena...
São mesmos uns cromos, de vez em quando lá mudam as caras, saltam de cadeira em cadeira, de posto em posto e os cidadãos ficam com uma réstia de esperança que algo corra melhor... que ilusão... quando nos damos de conta, nunca fazem as escolhas certas. Decisões sensatas parecem-lhes alergias malditas.
Mas o que lhes passa pela cabeça, porque teimam em gastar o que não têm? Já não bastaram mais de duas décadas a receber e a esbanjar os trocos dos ricos da UE? Para quê: nada. estamos na mesma. Perdão, temos mais telemóveis do que habitantes ... ufa já estou mais descansada.
Mas as coisas às vezes têm causas mais profundas que o que transparecem e que nos dizem respeito a todos.
Já reparaste em quem está EFECTIVAMENTE a tratar das nossas matas e florestas? Se vires com atenção hás-de chegar à conclusão que são VELHOS, os últimos habitantes permanentes dessas áreas.
Porquê? Porque NÓS não queremos, de forma alguma, passar a nossa vida em ermos sem cafés, discotecas, cinemas, bares, tertúlias, animação em geral... a não ser em férias. Eu, pelo menos, não quero.
Também acho que os sucessivos governos não têm feito nada acerca desta situação a não ser potenciar turismo rural e venda de montes a alemães, ingleses e holandeses.
Por outro lado, o que vemos em Portugal, o que vemos em termos de dinheiro gasto? Vemos rotundas e rotundinhas com supostas obras de arte a adorná-las, estradões com alcatrão que vai durar até Dezembro, na melhor das hipóteses, ruas engalanadas de mobiliário urbano sem utilização aparente... tudo em nome das santas eleições autárquicas.
Os Bombeiros, esses voluntários da tasca da esquina, que toda a gente goza e chama analfabetos e bêbedos, esses que lutam até à exaustão pela terra que não é deles... que se amanhem com a falta de formação específica, com a falta de meios, com a falta de humanidade dos cromos que nos governam. Ainda agora é que o governo se lembrou de "pedir" aos empresários que "facilitem" as saídas de funcionários que sejam voluntários... e só dias depois se lembrou, ele próprio, de "facilitar" as saídas de funcionários públicos.
Mas não precisas de passar a vida em sítios ermos para cuidar das coisas... talvez seja uma ideia maluca, mas acho que podia ser engraçado organizar qualquer coisa como uma corporação de "limpadores" voluntários... se calhar podiam passar-se alguns fins de semana divertidos a limpar pedaços de mata. Ou talvez não, não sei... sei que quase todos os anos ajudo a apagar fogos - e não sou bombeira! Há qualquer coisa de muito errado nisto tudo.
Mas não precisas de passar a vida em sítios ermos para cuidar das coisas... talvez seja uma ideia maluca, mas acho que podia ser engraçado organizar qualquer coisa como uma corporação de "limpadores" voluntários... se calhar podiam passar-se alguns fins de semana divertidos a limpar pedaços de mata. Ou talvez não, não sei... sei que quase todos os anos ajudo a apagar fogos - e não sou bombeira! Há qualquer coisa de muito errado nisto tudo.
Pois há... essas organizações de voluntários não podem actuar sem autorização e pedido expresso da autarquia da sua área de actuação.
Ou seja, o voluntariado organizado está de mãos atadas...
Eu também já tenho tido a minha dose de bombeiro... mas se alguma coisa correr mal, não sei quem paga as favas...
Tive um colega de turma que é bombeiro voluntário de Águeda e houve um ano que passou o Verão nfiado nas matas a apagar fogos. Chegou à época de exames de Setembro claro que não pôde fazer todos os exames, não estava preparado. Quando foi à Secretaria increver-se na época de recurso (para trabalhadores-estudantes) foi-lhe recusada a incrição, motivo: "Isso de ser BV não é um emprego!" De nada lhe valeu a declaração do Comandante, nem nadda que se parecesse.