Hoje foi a vez de Londres sofrer um atentado e o dia em que foi executado o embaixador egípcio no Iraque. Não tenho palavras para descrever a tristeza e o espanto por tanta injustiça estúpida, por isso vou falar do mais fácil...
Não entendo nada de política internacional, claro, mas começo a ficar farta das grandes apreciações que são feitas sobre este tipo de actos. Estou farta de ler que a culpa é dos EUA e aliados, que se foram meter onde não eram chamados e agora recebem o troco... estou farta do encolher de ombros perante a pseudo inevitabilidade lógica com que tanta gente encara os ataques terroristas...
Concordo em absoluto que a guerra ao Iraque foi (é) perfeitamente injustificada e ilegítima e que nunca deveria ter acontecido, por isso acho óptimo que se continue a condená-la a cada letrinha que apontamos ao teclado. Mas por muito reles que tenha sido, teve um mérito que não encontro em qualquer ataque terrorista: foi anunciada e (embora não concorde minimamente com as justificações apresentadas) teve um objectivo anunciado... O que me irrita agora é ver justificarem-se estes actos pelas acções dos grandes senhores hipócritas... Soa-me a justiça de cordel, como a do pai que bate no filho porque a mãe deixou queimar o jantar.
Não me apetece falar mais, mas estou mesmo furiosa!
Na realidade o terrorismo não faz sentido seja na forma que for, seja pelo motivo que for.
O terrorismo é a morte gratuita de inocentes, é o medo de saír à rua daqueles que (ainda) não foram atingidos, é uma forma cobarde de impotência diplomática.
Nenhuma guerra é justa, só o será quando forem os governantes e os generais a beterem-se em campo aberto, uns com os outros, exclusivamente.
Talvez aí a guerra acabe.
Nenhum povo do mundo deveria sofrer a pressão de uma ocupação,seja sob que pretexto for.
As ocupações acabam sempre mal para o lado de quem não tem culpa nenhuma.
Talvez estas, com mais algumas outras, seja realmente a causa profunda do terrorismo.
Mas o terrorismo é o horror de morrer a meio de qualquer coisa, como comer um gelado numa esplanada qualquer, morrer sem saber como, porquê, quem... sem motivo que não seja o da sanguinária e miserável "vendetta" de um alucinado qualquer.
Nenhuma guerra é justa, só o será quando forem os governantes e os generais a beterem-se em campo aberto, uns com os outros, exclusivamente.
Sem armas, só com as mãos...
Sou absolutamente contra todo e qualquer tipo de arma - basta a capacidade mortífera que revelam os mais simples objectos comuns. Já pensaste na ilógica das armas?
