Acho que nenhum purista que se preze gosta (ou admite gostar) de literatura policial - ou sequer de chamar literatura aos policiais. Eu não sou purista e por isso posso dar-me ao luxo de ser viciada neste tipo de leitura. Ultimamente, com os meus livrinhos "sérios" a uns bons kms de distância, tenho andado a reler George Simenon. Lembram-se do comissário Maigret? Já não me lembrava que o homem bebia tanto!
Agatha Christie! Patricia Cornell! Rex Stout! Erle Stanley Gardner! Patricia Highsmith!
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Ray Bradbury! (Pois, eu sei que este senhor é muitíssimo mais conhecido pelos livros de FC, mas ninguém o mandou escrever "A Morte é um Acto Solitário".)
Robin Cook - este agrada-me particularmente porque muito do que escreve é baseado na sua experiência na área de Medicina, tendo o mesmo o cuidado de tecnicizar (remeto-os ao monstro e ao conceito de "literacices" para compreenderem melhor o que quero dizer com isto...) acerca da questão.
[PS - Hoje creio já ter inventado duas palavras... O avanço da novilíngua de Orwell?]
Não, não é bem um policial. É mais uma trama de mistério acerca do desaparecimento de um presidente durante um espectáculo de magia... e o flashback à história do mágico, o tal Carter.
Depois, é uma sucessão de peripécias dentro do fabuloso mundo que é o do espectáculo...
Dá-me tempo, dá-me tempo. Ando sempre a ler 3/4 livros ao mesmo tempo... Neste momento estou com o Quixote, Rapsódias e Miniaturas de Ivan Kadeclík, The Tyrant's Novel por Anthony Keneally e, last but not least, New Life por Dante Alighieri...
Tens que pensar nos policias como numa espécie de chá literário... tomam-se e pronto, não se pensa mais no assunto... é por isso que eu gosto (embora não seja grande apreciadora do verdadeiro chá, mas ninguém pode ter tudo...). Do Cook li alguns nos primórdios da juventude que me coube só para chegar à mesma conclusão que o senhor-A: é tudo muito igual, sim. Mas lê-se.