solta-se a palavra bruta em ruído de tormenta palavra sumo de fruto decadente que em finos fios desliza por entre lábios descarnados de pudores falsos declarando morte aos sábios da mentira
solta-se num beijo que aquece o gelo da montanha e desce em vertigem aos pés de um pássaro morto de fome solitária na defesa da alma perdida num chorrilho de mentira
pacóvio sereno olho com censura as letras impressas a fogo contando a história da minha vida